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2012 - Livro Vermelho 2013

Declieuxia cordigera Mart. & Zucc. ex Schult. & Schult.f. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 11-05-2012

Criterio:

Avaliador:

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie endêmica, não ameaçada. Grande extensão de ocorrência, coletada frequentemente. Habita ambientes de montanha variados, predominantemente em campos interiores, incluindo áreas queimadas.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Declieuxia cordigera Mart. & Zucc. ex Schult. & Schult.f.;

Família: Rubiaceae

Sinônimos:

  • > Declieuxia cordigera var. angustifolia ;
  • > Declieuxia cordigera var. cordigera ;
  • > Declieuxia cordigera var. divergentiflora ;
  • > Asperula cruciata ;
  • > Asperula cyanea ;
  • > Declieuxia brachyloba ;
  • > Declieuxia cordigera var. genuina ;
  • > Declieuxia cordigera var. longifolia ;
  • > Declieuxia divergentiflora ;
  • > Declieuxia intermedia ;
  • > Declieuxia polygaloides ;
  • > Declieuxia polygaloides var. angustifolia ;
  • > Declieuxia polygaloides var. aristolochia ;
  • > Declieuxia polygaloides var. genuina ;
  • > Declieuxia polygaloides var. latifolia ;
  • > Declieuxia sclerophylla ;
  • > Psyllocarpus cordifolius ;
  • > Psyllocarpus divergentiflorus ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Espécie descrita em Mant. 3: 112. 1827. Nomes vulgares: "Cruzeiro", "Flor-de-santa-cruz", "sete-sangrias" (Jung-Mendaçolli; Prazeres, 2007).

Distribuição

Espécie ocorre nos estados da Bahia, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo e Paraná (Calió, 2012; Jung-Mendaçolli; Prazeres, 2007; CNCFlora, 2011).

Ecologia

Caracteriza-se por ervas, terrícola ou rupícola (Calió, 2012) de até 13 cm de altura; coletada com flores em Janeiro, e de Agosto a Novembro, com frutos em Janeiro e Novembro(Jung-Mendaçolli; Prazeres, 2007).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Vivemno entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quaisexercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, sejapelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua áreaoriginal, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça deextinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismopredatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porqueexiste pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pelaespeculação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar florestaem área agrícola (Simões; Lino, 2003).

1.1 Agriculture
Detalhes Adegradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espéciesexóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade. A partir de ummanejo deficiente do solo, a erosão pode ser alta: em plantios convencionais desoja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 25ton/ha/ano.Aproximadamente 45.000km2 do Cerrado correspondem a áreas abandonadas, onde aerosão pode ser tão elevada quanto a perda de 130ton/ha/ano. O amplo uso degramíneas africanas para a formação de pastagens é prejudicial àbiodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtiva dosecossistemas. Para a formação das pastagens, os cerrados são inicialmentelimpos e queimados e, então, semeados com gramíneas africanas, como Andropogongayanus Kunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B. decumbens Stapf, Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf eMelinis minutiflora Beauv. (molassa ou capim-gordura). Metade das pastagensplantadas (cerca de 250.000km2 - uma área equivalente ao estado de São Paulo)está degradada e sustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzidacobertura de plantas, invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Klink;Machado, 2005).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Espécie considerada Em Perigo (EN) pela Lista vermelha daflora do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995).

4.4.3 Management
Observações: Espécie ocorre em Unidades de Conservação: Reserva Biológica Professor José Angelo Rizzo, no estado de Goiás; Parque Nacional Sertão Veredas e Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais; e Parque Estadual do Guartelá, no Paraná (CNCFlora, 2011).

Referências

- SIMÕES, L.L.; LINO, C.F. Sustentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. São Paulo: Senac, 2003.

- KLINK, C.A.; MACHADO, R.B. A conservação do Cerrado Brasileiro., Megadiversidade, p.147-155, 2005.

- ZAPPI, D.; BARBOSA, M.R.V.; CALIÓ, M.F. ET AL. Rubiaceae. In: STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. p.449-461, 2009.

- CALIÓ, M.F. Declieuxia cordigera in Declieuxia (Rubiaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB032565>.

- JUNG-MENDAÇOLLI, S.L.; PRAZERES, J.N. Declieuxia (Rubiaceae). In: MELHEM, T.S.; WANDERLEY, M.G.L.; MARTINS, S.E.; JUNG-MENDAÇOLLI, S.L.; SHEPHERD, G.J.; KIRIZAWA, M. Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: FAPESP, p.308-311, 2007.

Como citar

CNCFlora. Declieuxia cordigera in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Declieuxia cordigera>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 11/05/2012 - 19:27:21